revoada

novembro 21, 2008

muitos passarinhos voaram da Gaiola para viver outras aventuras e cantar em outras paragens. boa sorte!


piu piu piu, passarinho

julho 2, 2008

Era só o que faltava!

junho 3, 2008

Gentil gente, lembram-se que este pássaro ficou com amnésia por algum tempo? Pois então. Voces lembraram-me meu nome, daí fui atrás da senha e fui clicando “yes” em tudo que foi aparecendo na frente. Digamos, não muito prudente minha atitude, concordam?

Clique vai, clique vem e eis que me vejo com um blog! Com nome e tudo.

Dez minutos d’eu olhando pra tela depois, a reação foi a que sempre tive ao longo da vida, o que rendeu coisas boas e outras nem tanto: já que estou no salão deixa tirar uma garota pra dançar.

Portanto mais um blog está na agenda do mundo. O enderêço é: http://uirapuru.wordpress.com

Mamãe, olha, eu tenho um blog!

(escrito por Uirapuru e publicado por Pata-Tiva enquanto ele se readapta ao ninho… :D)


Acabei de descobrir James Blunt…

junho 2, 2008

… e estou apaixonada.

Eu não ouço rádio. Porque eu sou chata seletiva, e ouço só as músicas que eu gosto. E quando estou ouvindo rádio e começa uma música que não me agrada, fico mudando de estação até achar uma que agrade. E isso é um saco. Então, fico ouvindo só as músicas de quem já conheço e gosto no meu tocador.

De vez em quando eu ouço um pedaço de música em algum lugar, ou algum amigo me dá uma dica e eu descubro um novo cantor ou grupo, e vou ampliando minha playlist. E foi assim que descobri James Blunt: ouvindo uma música dele que faz parte da trilha sonora da Duas Caras, Same Mistake.

Eu me identifiquei demais com o refrão, e fui procurar o cantor. Ouvi os dois álbuns que ele já lançou: Back to Bedlam e All the Lost Souls. As melodias são deliciosas, e as letras me fizeram pensar em muitas coisas. Sem contar que a voz dele é muito gostosa, com um sotaque britânico apaixonante.

No site oficial, estão todas as letras, os vídeos e o  link para a página dele no YouTube. Vale a pena ler a biografia, e descobrir que james Blunt vê a vida de uma maneira peculiar e – ao menos para mim – muito simples e absolutamente certa: “We seem to be in exactly the same state as when I was 8 years old. In the school playground, children gossiped about who kissed who, who said what about who, who wasn’t cool because they weren’t wearing the right clothes. Now, on a global scale, people write about who kissed who, who said what, and who’s wearing what clothes.”  (Parece que estamos na mesma condição de quando eu tinha 8 anos. No parquinho da escola as crianças fofocam sobre quem beijou quem, quem disse o quê, quem não era legal porque não estava usando as roupas certas. Agora, numa escala global, pessoas escrevem sobre quem beijou quem, quem disse o quê e quem está usando quais roupas.)

Enfim, vale a pena.  Me apaixonei por James Blunt.

 

 


O melhor diálogo de novela ever!!!!

maio 30, 2008

Foi ontem, em Duas Caras:

 

“- Mas então você tá me dizendo, Lenir, que a avó do Barreto amaziou-se com um afrodescendente?

– Ai Gioconda, você falando desse jeto, tira a força dos fatos! Ela fugiu com o negão merrrrrrrrmo!”


Utilidade pública

maio 29, 2008

Eu sou usuária do pacote de serviços da Net. Skavurska!

Na maior parte do tempo, funciona tuda às mil maravilhas. Minha conexão speedy tinha o dobro da velocidade nominal, mas a minha conexão virtua baixa as coisas 10x mais rápido. É uma beleza! Só tem um problema: quanto a conexão está com problemas, eu não consigo ligar para a central, porque o telefone depende da sincronia do modem!!!!

E ligar do celular pra única central de atendimento que a Net passa, não rola, né? Senão eu vou daixar os fundilhos das carcinhas ligando pro maldito 4004 e ficando horas intermináveis pendurada até ter algum tipo de solução. Mas daí eu lembrei que no site da ABUSAR tem o telefone 0800, porque eles são obrigados a ter um SAC gratuito!!!! Fui na Lan e peguei os números, liguei pro 0800, e funcionou!!!!

Então, aí estão os telefones GRATUITOS para quem precisar ligar para a NET:

NetFone: 0800-721-0029
Virtua: 0800-701-0358

Não é ótemo?

 

 


Como eu ia dizendo….

maio 26, 2008

churrasco na laje

… só faltaram os “cocrete”. De resto, tava tudo lá: a caipirinha no copo de prástico, o som alto em ritmos inescutáveis, o povo bêbado falando besteiras.

Mas tudo pelos amigos, certo? E eu estava precisando sair da casa, afinal de contas.

Em dado momento, vem o dono da fuzarca com Imagem & Ação pra gente jogar. Eu fiquei mais do que feliz: o som ia ser desligado, iam parar as conversas estúpidas sobre quem dava pra quem e eu ia participar de um jogo que eu curto. É. Mas alegria de pobre dura pouco né?

Eu tenho costume de jogar Imagem & Acção, então, sem falsa modéstia, eu sou boa no jogo. Desenvolvi linha de raciocínio de mímica boa, e acabo tendo um alto índice de acertos. Sem contar que tenho um bom vocabulário, então muitas vezes acerto palavras que outras pessoas nem sonhavam que existem. E justamente isso me trouxe problemas!!!!!

Em dado momento, minha equipe tirou o verbo ‘Tosquiar’. E eu acertei. E um idiota imbecil ignorante babacamembro da outra equipe levantou derrubando tudo, dizendo que eu tava roubando, que o cara que tava fazendo a mímica tinha soprado a palavra, porque alguém como eu(?) nunca, jamais, em tempo algum ia saber ‘como é mesmo a porcaria aí?’, ‘fala pra mim o que é isso se você é tão sabichona!’…

Eu fervi. Eu queria voar no pescoço dele. Eu queria chamar ele de burro. De ignorante. De imbecil. Queria dizer que o fato de ele ser semi-analfabeto não indicava que o resto das pessoas presentes também o eram. e que o cérebro dele era o do tamanho de uma ervilha. Quando estava inchado.

Mas eu fui uma lady. Eu levantei, parei na frente dele, e falei: ‘Tosquiar é cortar os pelos da ovelha, e se você tem dúvidas, consulte um dicionário’. Ele não agüentou. Levantou, pegou a carteira e foi embora.

Eu sentei, saboreei meus 15 segundos e vitória e continuei o jogo. Porque eu não ia deixar aquele imbecil estragar a minha tarde….


Hoje é domingo, pede cachimbo.

maio 25, 2008

Vou ali num churrasco na laje e já volto.

Provavelmente com algumas pérolas.

😀


Como nem tudo são lágrimas…

maio 25, 2008

É engraçado como a terapia mexe com a gente. Confesso que sempre fui um pouco preconceitusa com terapeutas, psicólogos, psiquiatras e afins. Afinal, eu sempre soube que era meio lelé, e não ia pagar toda semana para alguém vir me dizer o que eu já sabia.

Mas eu substimei os terapeutas e afins. Porque  religiosamente toda sexta,  durante 45 minutos eu bato um papo com uma senhorinha deliciosa, com cara de algodão doce, perninhas fofuxas e visível vocação pra ajudar os outros a tentarem jogar uns grãos de milho  no próprio labirinto mental pra vere se acha o caminho de volta depois. E é incrível que nesses 45 minutos, despretensiosamente, como quem não quer nada, só cutucando aqui e ali, ela faz com que eu a odeie e a ame, me odeie e me ame, e odeie e ame o mundo.

Se me perguntarem do que falamos na úiltima sexta, não vou saber. Ela ainda vai pulando de assunto em assunto, me conhecendo, sabendo mais de toda carga emocional acumulada durante 30 anos. E convenhamos que isso não é coisa pra se fazer em poucas semanas… Mas duas coisas nítidas ficaram gravadas na minha mente: a angústia e a leveza que sempre sinto ao sair daquela sala, e, em algum momento da conversa ela ter dito que eu sou uma linda boneca de porcelana.

Pode parecer besteira, bobo e pouco, mas isso me deu um up na sexta. É como se finalmente eu passasse a me enxergar pelos olhos de outra pessoa. Não que eu já não tenha escutado algo parecido antes (humildade é meu nome do meio). Não que eu não tenha acreditado nisso. Mas ouvir dela foi diferente. Porque ela não tinha a obrigação de falar. Porque ela não é minha amiga – e portanto não tem opiniões parciais ao meu respeito. Porque ela não está apaixonada por mim. E porque ela está sendo (mal) paga pelo meu plano de saúde para me ajudar a por minha cabeça em ordem, e não ficar babando meu ovo toda semana.  Sei lá. Por algum motivo – talvez porque aos poucos ela esteja me ajudando a me abrir mais para o mundo. 


maio 23, 2008

Na primeira semana eu chorei pelo sofrimento da mocinha no romance.

Na segunda semana eu chorei pelo passado hediondo do mocinho.

Da terceira semana em diante eu chorei por mim. Por saber que uma das poucas certezas da minha vida são os 40 minutos semanais de lágrimas no Circular 10, enquanto eu volto pra casa.

E o romance agora virou só uma desculpa, para que eu consiga chorar na frente dos parcos passageiros que me acompanham sem saber que aquelas lágrimas contidas são o retrato das minhas dores mais profundas.


Só E mal acompanhada

maio 22, 2008

Já estou em casa há quase dois meses. E não vou mentir, que estar longe do burburinho e da tensão do dia-a-dia do trabalho nã me fez um enorme bem. Mas como quando a gente tira férias, chega uma hora que a mente reclama ( que meu corpor tá adorando o descanso), quer ação.

Claro, tem a faculdade, os meus tricôs, e mais tantas outras coisas. Mas eu tenho ficado muito tempo sozinha, com meus pensamentos, meus medos e minhas indagações. E cada dia mais, quando eu fico sozinha, eu perco a vontade de interagir, de sair de casa, de largar o ninho. Quando marido não dorme em casa, fica em SP a trabalho, eu só saio de casa pra aula, da aula pra casa. vou empurrando todo o resto pra fazer quando for absolutamente indispensável. Quando não der mais pra protelar.

Tambem tinha perdido a vontade de falar, de comentar, de escrever. Mas isso está voltando aos poucos. Na verdade vem e vai, mas nos últimos dias a necessidade de destrancar meus pensamentos e colocá-los em algum lugar além de dentro de mim se tornou mais urgente.

E com isso eu volto a escrever aqui, depois de um longo e tenebroso verão. Às vezes inspirada e encgraçada, às vezes triste e melancólica, mas sempre sincera. Peço desculpa a nossos 2 leitores (by Claucatua), e por favor, POR FAVOR, não deixem de nos ler por minha causa, certo???? Eu sei que com minhas companheiras de galho e com vocês eu vou estar bem acompanhada sempre.


para uma pinta cilga que vai fazer ninho com seu amor

maio 16, 2008

O PÁSSARO PI-I
Mario Quintana

(Lenda chinesa) O pássaro pi-i só pode viajar aos pares e por isso e o símbolo dos enamorados – pois um deles só tem a asa do lado direito e o outro só tem a asa do lado esquerdo: só bem juntinhos é que podem voar!

Seja feliz com seu amor, minha sobrinha 😀


A Volta do Uirapuru

abril 15, 2008

Como estão, queridas amigas do passaredo?

E voces, sim, voces, caminhantes da floresta, para onde vão?

Quanto a mim, eis-me de volta a meu galho, mirando-as e satisfazendo minhas saudades.

Nem me perguntem por onde fui, não saberia dizer. Ah, saberia sim. Foi tudo culpa de uma uirapurua, uma uirapuru-à-toa. Não quero mais saber dela. Ela jamais soube que no fundo do peito bate calado, que no fundo do peito de um uirapuru também bate um coração.

Mas, se voces deixarem (e pra usar mais alguns versinhos de outro humano) eu voltei, voltei para ficar, porque aqui, aqui é o meu lugaaaaaaaar!

De minha parte, como pedido de vosso voto de confiança, digo (pra citar uns versos de outro humano que aliás eu gosto mais) que não quero mais, amar a ninguém, não fui feliz, o destino não quis o meu primeiro amor, morreu como a flor ainda em botão, deixando espinhos que dilaceram o meu coração.

Queridas, permitem que volte a cantar? É meu destino. Conhecem o hino dos uirapurus?

“Os Cantores do Galho”: Nós somos os cantores do galho, levamos a vida a cantar, de noite embalamos teu sono, de manhã nós vamos te acordar, nós somos os cantores do galho, nossas canções cruzando o espaço azul, vão reunindo, num grande abraço, pássaras de norte a sul

Canto para vos ver mais contentes, pois a alegria da mata é a ventura da gente, lárálárálárálá, lá, rá, lá, canto e sou feliz sou assim, agora eu peço que canteis um pouquinho para mim”

Beijo, vós de linda plumagem entre tantos outros encantos, sigam em paz, vós outros, caminhantes da floresta.

 


Uma vida de silêncio.

janeiro 27, 2008

Ela morreu. Bem assim como eu dei a notícia: de repente, sem aviso prévio, sem nem dizer que o gato subiu no telhado.

Eu queria ter coisas lindas e palavras sábias para expressar o que significava essa passarinha linda – que não piava por aqui, mas batia asas conosco em outras cercanias – mas isso é tudo tão estúpido na minha cabeça, que eu preciso ficar repetindo que ela morreu pra acreditar.

Rezem pela família dela. Pelos filhos. Por nós. Que a gente consiga aceitar. E por ela, para que esteja tã melhor que a gente e consiga nos iluminar.


Então, eu fui um….

janeiro 12, 2008

<table width=350 align=center border=0 cellspacing=0 cellpadding=2><tr><td bgcolor=”#EEEEEE” align=center><font face=”Georgia, Times New Roman, Times, serif” style=’color:black; font-size: 14pt;’><b>You Were a Raccoon</b></font></td></tr><tr><td bgcolor=”#FFFFFF”><center><img src=”http://www.blogthingsimages.com/whatanimalwereyouinapastlifequiz/raccoon.jpg&#8221; height=”100″ width=”100″></center><font color=”#000000″>
You are a master of disguise and multiple personas.
You are infinitely curious and question others without fear.</font></td></tr></table><div align=”center”><a href=”http://www.blogthings.com/whatanimalwereyouinapastlifequiz/”>What Animal Were You In a Past Life?</a></div>


Porquê o freguês tem sempre razão (ou: Porque eu não deveria ter saído da cama hoje)

janeiro 8, 2008

Então. A dileta passarinha que vos pia trabalha numa das vertentes do sistema financeiro. E trabalha atendendo freguês.
Daí que hoje, 5° dia útil, sabidamente o pior do mês devido ao recebimento de salários da população em geral, a passarinha está lá, trabalhando, labutando, ganhando honestamente seu sustento (porque eu podia estar roubando eu podia estar matando) quando senta em sua frente um freguês, a olha atentamente por alguns seundos, e dispara:
“É, até que você não é feia!”.
(Alguém desliga meu radar de maluco, por favor? Obrigada.)


ração para passarinhos felizes

novembro 16, 2007

piu piu piu miau, meus tuins queridos. Como feriado pede carinho, tá aqui a receita do bolo que eu faço para quem eu amo. divirtam-se sem moderação e cubram com brigadeiro molinho, molinho. 

BOLO DE CHOCOLATE

Ingredientes:
1 xícara de manteiga ou margarina (200 g)
4 xícaras de açúcar
4 xícaras de farinha de trigo
4 ovos
2 xícaras de leite
1 xícara de nescau (ou quase uma latinha das pequenas e sim, só serve nescau)
2 colheres de chá de fermento
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de essência de baunilha

1) bater a manteiga ou margarina (eu prefiro manteiga) com o açúcar até ficar cremoso
2) dissolver o nescau no leite para não empelotar na massa

3) acrescentar, alternadamente, farinha de trigo peneirada (faz diferença, sim), leite, fermento, sal e os ovos (não precisa bater as claras em neve)

Untar e enfarinhar uma fôrma com furo no meio. Fôma de pudim é pequena, esse bolo é das antigas, eu comprei uma para bolo suíço e deu certinho. leve ao forno médio-alto e comece a espiar depois de meia hora.


Combatendo a Insônia com Diversos Cantos

novembro 9, 2007

Passarim queridas, já tiveram insônia? Antes, há muito tempo, aterrorizava-me essa insônia. Quando ela despontava, quando ela começava a se insinuar, ficava desesperado. Medo de não conseguir dormir mesmo, prevendo que catástrofe seria o dia seguinte. Não viria mesmo o sono ou viria logo antes de ter que despertar?  Conseguiria trabalhar? Pensar, sorrir, andar? Não errar no trabalho? Ou seria um sonâmbulo, um zumbi, alma-penada a depender da bondade alheia para não ser repreendido ou passar vergonha?

Daí, é que nem ônibus, passa. Sempre passa, essa fase passou também. Hoje estamos bem e de bem, eu e insônia. Daí, quando não é mais o caso de ler ou ouvir música – se bem que ouvir música é sempre o caso, ler é que às vezes os olhos não deixam, eles não sabem que estão insones – ou qualquer coisa que exerça visão, audição ou ser glutão, faço listas. (daqui pra frente qualquer semelhança com a sugestão da Claucatua Não é mera coincidência)

Listas. Listas de tudo. As chatas espanto. Às vezes dá trabalho, mas elas vão embora. Ficam as gostosas. E as idéias viajam, brincam.

Lista dos versos mais bonitos das canções brasileiras. Lista sem ordem ou com ordem, depende da vontade na hora. “…e a Lua furando nosso zinco, salpicava de estrelas nosso chão…”. “…tórax de superman e coração de poeta…”. “…meu cartão de crédito é uma navalha…”. “Tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor…” “…poetas, seresteiros, namorados, correi…é chegada a hora de escrever e cantar, talvez as derradeiras noites de luar…” Tantas canções, tantos versos. Pular daí pra frases musicais é fácil, a gente quando vê já está em música clássica. Jacob do Bandolim numa gravação com Elizeth Cardoso em “Barracão de Zinco”. Egberto Gismonti em “Sonho”. Waldir Azevedo em “Brasileirinho”. Clifford Brown em “Ghost of a Chance”. Astor Piazzolla em “Adios Nonino”, solo em Punta del Este. Rodolfo Mederos e Daniel Barenboim, “Adios Nonino”. The Who, “Pinnball Wizard”. O piano com os Beatles em “A Day in the Life”. Intermezzo de “Cavalleria Rusticana”. “Pavane” de Fauré. “Syrinx”, de Debussy.

O perigo é dar aquela febre e a gente ter que escutar aquela música, agora! E se não tem? Corre lá pro E-Mule, pro Bitlord, prum montão de programas que funciona com todo mundo, comigo não. Nem no You-Tube sei me virar. Só consigo acessar quando minha mana me manda um presente. Portanto já vira febre ir atrás do CD ou LP – sim, garotinhas pássaras, ele existe! – assim que o dia amanhecer ou – oh céus! – agora mesmo com as lojas on-line.

Nisto voces já viram que este método tem nada a ver com chamar o sono, né? É pra tornar aquelas horas de prisão divertidas, é só isso. E música foi só um exemplo de listas.

Frases de filmes. Atrizes. Atores. Livros. Frases de livros. Trechos de livros. Frases de amigas. Frases de amigos. Festas legais. Comidas inesquecíveis em momentos inesquecíveis.

Minha lista favorita é a de cidades para se conhecer, com no começo dez finalistas, depois cinco, depois três. De três não abro mão.

Ah, por “conhecer” digo morar ao menos um ano. E, muito óbvio, se for para passar uma semana, são essas mesmo.

Minhas cinco: Paris, Londres, Rio de Janeiro, Nova Iorque e Praga. Três: Paris, Londres e Rio de Janeiro.

Tá, tudo bem, duas: Paris e Rio de Janeiro.

Tá, tá bom, tá bom, uma: Adeus, Paris. Rioooooooooooooooo!

Entre outros motivos, Paris não tem bolo de chocolate na Tijuca.


Amanhã

outubro 30, 2007

Foi exatamente no dia 31 de outubro de 1977 que eu nasci. EStava um dia bonito e tranquilo. Minhã mãe estava ansiosa, afinal, eu seria sua primeira filha. Ela estava com medo de sentir dores no dia de finados, e resolveu marcar o parto para dia 31 a tarde.

E lá foi ela, barrigudona, e meu pai, o Sr Bigode para o Hospital São Paulo, é, lá onde eu nasci.

Quando o médico ( Dr Walter, que já deve ter ido pro céu dos obstetras) começou a cortar a barriga da mãe a luz acabou (sorte a nossa rs) e ele fez um corte que mais parecia um caminho de rato… a luz voltou, ele viu o estrago do corte mal feito, mas eu nasci assim mesmo, às 18:55h.

Belo dia das bruxas né?

Desde então, todos os Halloweens são especiais, afinal das contas, não é todo dia que nasce uma passarinha tão fofa como eu !


Claucatua mandou, a gente faz… :D

outubro 24, 2007

Aqui vão minhas 5 dicas de leitura.  Espero que gostem dos livros tanto quanto eu… 

  

– Vinícius de Moraes. Sempre. Tudo.

“E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, “Minha namorada”, a fim de que, quando eu morrer, você se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse, cantando sem voz aquele pedaço em que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois.”

(Preciso explicar porquê?)

–  Christian Jacq: É tudo maravilhoso, mas se você gosta do Egito Antigo, não fique sem ler Ramsés (5 volumes) e A Pedra da Luz (4 volumes).

Christian Jacq é um egiptólogo francês, e escreveu sobre o Egito Antigo de maneira romanceada. A leitura é deliciosa, e difícil de parar antes do último volume. É uma aula de história gostosa e intrigante, que deixa um gosto de quero mais.

Com vinte e seis anos, o sucessor de Sethi reinava há quatro anos e se beneficiava do amor e da admiração do seu povo. Atlético, com mais de um metro e oitenta, rosto alongado e emoldurado por uma magnífica cabeleira louro-veneziana, testa alta e desanuviada, arcadas superciliares salientes e sobrancelhas grossas, nariz longo, fino e um pouco aquilino, olhar luminoso e profundo, orelhas redondas e finamente desenhadas, lábios carnudos, queixo acentuado, Ramsés possuía uma força que alguns não hesitavam em qualificar de sobrenatural.”

in Ramsés, vol. 3, A Batalha de Kadesh

– Marion Zimmer Bradley: As Brumas de Avalon (4 volumes)

A história de Morgana, Merlim, Arthur, Guinevere, Lancelot e demais contada através da visão feminina. Imperdível!

“Morgana fala…

Em vida, chamaram-me de muitas coisas: irmã, amante, sacerdotisa, maga, rainha. Na verdade, cheguei agora a ser maga, e poderá vir um tempo  em que tais coisas  devam ser conhecidas. Verdadeiramente, porém, creio que os cristãos dirão a última palavra. O mundo das fadas afasta-se cada vez mais daquele  em que Cristo predomina. Nada tenho contra Cristo, apenas contra seus  sacerdotes, que chamam a Grande Deusa de  Demônio e  negam o seu poder  no mundo. Alegam que, no máximo, esse seu poder foi o de Satã. Ou vestem-na  com o manto azul de Nossa Senhora de Nazaré – realmente poderosa, ao seu modo – que, dizem, foi sempre virgem. Mas o que pode uma virgem saber das  mágoas e  labutas da humanidade?”

in As Brumas de Avalon, vol. 1, A Senhora da Magia

–  Franz Kafka: A Metamorfose

Nesse conto sui generis, Kafka descreve a transformação de um homem em uma barata – literalmente. Incialmente aborda a parte física da transformação, mas aos poucos aborda os aspectos psicológicos, sentimentais e sociais. É um livro fantástico, que retrata de maneira inteligente uma parte da hipocrisia humana.

Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregório Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos.”

– Pedro Bandeira: A Marca de uma Lágrima

Neste livro Pedro Bandeira consegue retratar de maneira fantástica o intrincado mundo adolescente, com seus medos e anseios.

Levemente, seus dedos tocaram a face fria do inimigo, bem na rachadura. Lentamente, seus dedos percorreram a rachadura, tateando como um cego que procura reconhecer alguém.

— Todos riem… Mas eu não queria tantos risos. Eu queria um sorriso apenas. Um só. Queria estar quieta e ver alguém aproxi­mar-se, olhando nos meus olhos… sorrindo… Eu sorriria de volta, e nada mais precisaria ser dito…

Isabel deixou as lágrimas correrem fartas pelo rosto. Foi aí que o inimigo resolveu feri-la mais fundo e cortou-lhe o dedo com a borda da rachadura. Num gesto maquinai, a menina levou o dedo à boca, chupando o ferimento. Na rachadura, no peito do inimigo, ficou uma gota de sangue.

O dedo não doía quase nada.

Era ali que doía.”